A sala de controle de emergência em Tel Aviv, coração do sistema de resposta a ataques em Israel, opera em ritmo frenético durante a escalada de violência com o Hezbollah no Líbano. Em meio a um incessante bombardeio de mísseis do Líbano para o norte de Israel, equipes de ambulância são mobilizadas a cada alerta, garantindo uma resposta rápida e eficiente
“A cada ataque de míssil, recebemos múltiplos chamados”, explica um operador da sala de controle. “Imediatamente, despachamos paramédicos para o local, mesmo antes do impacto ou da interceptação, porque cada minuto, cada segundo, pode salvar vidas”
Apesar do intenso bombardeio, o número de vítimas em Israel é surpreendentemente baixo. De acordo com o chefe de operações, Uri Shakan, mais de mil mísseis foram disparados contra o país na última semana, mas as baixas são mínimas
“O fato de haver tão poucas vítimas se deve ao cumprimento das normas de segurança pela população”, afirma Shakan. “As pessoas se abrigam nos bunkers, seguem as instruções e permanecem lá por 10 minutos. O sistema de defesa aérea também é fundamental”
Enquanto isso, as forças israelenses intensificaram seus ataques aéreos contra alvos do Hezbollah no Líbano. Recentemente, tropas e tanques israelenses iniciaram uma ofensiva terrestre limitada no sul do Líbano.
O ex-primeiro-ministro israelense, Ehud Barak, alerta que apenas o diálogo pode acabar com a espiral de violência. “Podemos derrotá-los, podemos quebrar seus ossos, podemos causar-lhes muita dor, mas no final não garantiremos a segurança do norte de Israel. Precisamos buscar um entendimento que atenda aos nossos interesses e aos seus.”
A memória da tragédia de 7 de outubro, quando um ataque terrorista matou um grande número de israelenses, permanece viva na sala de controle. A ambulância, parada em frente ao local, serve como um doloroso lembrete da violência que assola o país