Após as históricas enchentes no Rio Grande do Sul, milhares de pessoas seguem desalojadas, vivendo em abrigos improvisados e enfrentando incertezas sobre o futuro
Em um abrigo gigante em Porto Alegre, quase 800 pessoas estão alojadas, entre elas Rafael Adriano Perz, um reciclador que foi atropelado durante as enchentes. Com costelas quebradas, ele conta que é a terceira vez que é desalojado. “A tendência é só piorar”, diz ele, culpando o desmatamento na Amazônia. Mara, esposa de Rafael, também perdeu sua casa nas enchentes. “Ninguém é o ser humano que tá acabando com o nosso planeta?”, questiona ela.
Em meio a doações de roupas e brinquedos, os desalojados tentam se apoiar e superar o trauma. “É esperado que as pessoas tenham medo, ansiedade, insônia”, afirma uma psicóloga que atende os desalojados
Enquanto isso, nas ruas da capital gaúcha, equipes da Prefeitura trabalham incansavelmente para retirar lixo e entulho deixados pelas enchentes