Lukashenko Ignora Ameaças da UE e Reafirma Poder Após Eleições em Disputa

A União Europeia sinaliza a possibilidade de novas sanções contra a Bielorrússia, reacendendo tensões após as recentes eleições presidenciais no país. Bruxelas expressou preocupação com a "repressão implacável" e "sem precedentes dos direitos humanos", alegando que as irregularidades no processo eleitoral minaram qualquer legitimidade

A declaração conjunta da UE, juntamente com outros blocos internacionais, veio após a divulgação de resultados preliminares que apontam para uma vitória de Alexander Lukashenko, no poder desde 1994. A mídia estatal da Bielorrússia já havia indicado que o presidente conquistaria cerca de 88% dos votos, um resultado que intensificou as críticas sobre a justiça e transparência do processo. As eleições de 2020, em que Lukashenko também se declarou vencedor, já haviam sido amplamente contestadas, com acusações de fraude e repressão contra manifestantes.

Apesar das condenações e ameaças de sanções, Lukashenko parece pouco afetado. Em declarações públicas, o presidente bielorrusso afirmou que "não se importa com o Ocidente", indicando que a pressão internacional não deve influenciar as suas decisões políticas. Esta postura desafiadora aumenta a incerteza sobre a futura relação entre a Bielorrússia e a União Europeia, com a possibilidade de novas medidas restritivas sendo consideradas nos próximos dias. Ativistas de direitos humanos na Bielorrússia, que relataram mais de 250 prisões durante a oposição ao governo, permanecem em estado de alerta