Pelo menos 45 pessoas ficaram feridas em novos ataques israelenses na Faixa de Gaza na sexta-feira, segundo moradores do território palestino. Tropas israelenses travaram um combate corpo a corpo com militantes do Hamas na cidade de Rafah, com tanques abrindo caminho para oeste e norte da cidade. O leste, sul e centro de Rafah já estariam sob controle israelense
A cidade de Gaza, localizada na região central da faixa, também foi alvo de ataques aéreos israelenses, matando pelo menos sete pessoas e deixando dezenas de feridos. A troca de ataques também acontece ao norte, na fronteira com o Líbano, entre Israel e o Hezbollah, elevando o alerta para um conflito generalizado no Oriente Médio.
A tensão aumentou depois que o grupo libanês Hezbollah ameaçou Chipre, um país pequeno da União Europeia, caso abra seus aeroportos e bases militares às Forças israelenses. O líder do grupo libanês, apoiado pelo Irã, Hassan Nasrallah, disse que Chipre fará parte da guerra se permitir o acesso.
Chipre, uma ilha no Mediterrâneo localizada a 200 km do Líbano, realiza exercícios militares em conjunto com Israel desde 2014. O presidente cipriota negou qualquer envolvimento no conflito. Já a União Europeia se manifestou sobre a ameaça, dizendo que como membro do bloco Chipre é União Europeia e a União Europeia é Chipre, deixando claro que uma ameaça a um dos países do bloco é uma ameaça contra todos.
Nessa sexta-feira, o secretário geral da ONU, António Guterres, disse estar profundamente preocupado com a escalada de tensão entre Israel e o Hezbollah, e afirmou que o mundo não pode permitir que o Líbano se torne outra Gaza. Guterres acrescentou que as forças de paz da ONU trabalham para acalmar a situação e evitar erros de cálculo